22 de dez. de 2013

2013: o ano interminável

Quero começar o ano na praia de novo
Foto: Fábio De Nittis

O blog está abandonado, a periodicidade de posts passou longe e nem sei se ele vai continuar (mas vou voltar a escrever, mas provavelmente em um blog mais direcionado para um tema). Mas todo fim de ano gosto de escrever sobre o ano e compartilhar, ainda que seja algo tão meu. Porque a retrospectiva dos 20 melhores momentos do ano no Facebook é insuficiente, escrever me ajuda a organizar pensamentos e publicar... ah, eu quero e pronto.

Sabe aquela sensação de que o ano voou e "esses dias mesmo a gente estava comemorando o Réveillon passado"? Pra mim foi tudo o que NÃO aconteceu. Pela primeira vez na vida, achei que um ano passou lentamente. Ando dizendo que o ano levou cinco anos para passar. Acho que foi a expectativa para o futuro e uma quantidade infinita de coisas que aconteceram que fizeram com que 2013 se arrastasse. E isso não significa que o ano foi ruim, não. Pelo contrário, aliás. Foi um ano bom, embora muitas vezes tenha me testado a paciência.

Analisando mês a mês, lembro do Réveillon a beira mar, pulando sete ondinhas, agradecendo aos céus pelo ano passado ter sido ótimo. Entrei 2013 esperando um ano mais do mesmo, mas que ia me requerer mais paciência e que ia terminar com choque de realidade. Os dias seguintes foram meio turbulentos, mas deram espaço a um janeiro muito divertido, com muitas festas, viagem para a praia, novas amizades.

Fevereiro seguiu no ritmo leve de janeiro e ainda trouxe o Carnaval. Como paguei a língua para tudo que dizia nessa vida, logo eu, que não gostava de Carnaval, pulei de bloco em bloco e levei a folia no coração pro resto do ano. Sorte que março já já está aí trazendo mais Vila Madalena.

Março trouxe a parte séria do ano. Deste mês até maio continuei me divertindo, mas o dia a dia se tornou muito pesado, problemas frequentes e uma necessidade sem fim de encerrar dois importantes ciclos da vida. Em maio, para vocês terem uma ideia, eu já queria que o ano chegasse ao fim. Foram meses meio descompensados: sobrou muito peso de responsabilidade, que não consegui equilibrar com as coisas que gosto de fazer. Sobrevivi.

Junho seguiu igual, mas trouxe respiros, voltei a viajar com amigos num fim de semana, por exemplo. Ao olhar pra junho, também sinto orgulho ao lembrar das manifestações. Vocês sabem que amo a Argentina e sempre fui fã de como eles protestam pelas coisas, e foi uma honra participar das manifestações antes de elas se tornarem "coxinha", no dia que a coisa estava pesada mesmo. A tarifa voltou para os R$ 3, mas pelo visto eram só pelos vinte centavos mesmo.

Julho trouxe férias da faculdade e me livrei da miopia. E, apesar de parecer bobagem, citei isso aqui porque que praticidade voltar a enxergar sem lentes nem óculos. Agosto veio de volta com as obrigações e foi o mês mais lento do ano. Mas em agosto fiz as malas, comprei passagens, me mandei pro Rio sozinho, encontrei amigos lá e foi sensacional.

Alô Rio, tô voltando - Foto: Fábio De Nittis

De setembro a novembro costumo viver o melhor período do ano. Não me perguntem o motivo, mas com certeza tem a ver com os trânsitos astrológicos (jamais subestimem o poder dos astros, sério). Em 2013 este período se saiu novamente muito bem. Por mais cansativa que estivesse a reta final do TCC, setembro e outubro trouxeram experiências novas, muitos sorrisos no rosto, muitas histórias para levar pro resto da vida. Deixou saudade.

Novembro me fez começar a desacelerar, dezembro trouxe um pouco de paz e a satisfação de abrir o histórico escolar da faculdade e aparecer a palavra "formado" no lugar de "cursando". Nestes dois meses tive tempo de planejar um começo de 2014 bem bacana e diferente de qualquer começo de ano. Acho que mereço.

E voltando à história de cinco anos em um, a sensação de que o ano foi longo também faz eu sentir que 2013 foi o ano que mais acertei, o ano que mais errei, que mais precisei tomar decisões - de pequenas a grandes -, que mais me diverti, que mais transbordei amor, que mais briguei, que mais me irritei, talvez que mais tenha decepcionado às pessoas, que mais fiz amigos, que mais tive que ter paciência, que mais estive convicto das minhas decisões, que mais pensei "gente, que que eu tô fazendo aqui?", que mais amadureci, embora as minhas redes sociais possam apontar o contrário (apenas adotei a ideia de que as redes sociais não devem ser levadas tão a sério, gente) e por aí vai. O ano que eu achei que seria apenas uma pontezinha entre o ano passado e o próximo foi o mais agitado da minha vida.

Chego aos últimos dias de 2013 não me surpreendendo se aparecerem novidades. Para vocês terem uma ideia, esta semana operei de pedra no rim e agora, em meio às festas, estou resolvendo burocracias, o que dá a sensação de que só vai dar pra encerrar o ano quando ele realmente trouxer a queima de fogos. E por falar em fogos, ainda preciso ver o que fazer no Réveillon.

E 2014? Eu não sei. Tinha planejado a vida até aqui. Agora consegui deixar tudo acertadinho até março. Depois disso, me jogo no mundo consciente do quanto precisarei amadurecer, das dificuldades que enfrentarei, mas também com as expectativas mais positivas possíveis, sem saber exatamente em relação a que. Só sei que entro 2014 com uma frase, cujo autor não sei quem é, em mente: "A vida começa onde termina a zona de conforto". VAMBORA. Um Natal de muita paz a todos e um 2014 incrível!

17 de fev. de 2013

Acabou a folia

A foto tremeu, mas assim estava o bloco Vai Quem Quer, no sábado, na
Vila Madalena - Foto: Fábio De Nittis

Desde criança sempre sonhei em morar fora do país. Os anos passaram, o sonho continua, só mudou o destino. Mas outra coisa também mudou: minha visão em relação ao Brasil. Explico: sabe aquele tipo de pessoa muito chata e crítica em relação a tudo do país? Eu era assim. Sempre amei São Paulo, mas como não gostava do Brasil, tudo dos outros era melhor. Aquela velha história de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde. Que os Estados Unidos isso, que a Europa aquilo... Sono.

Os anos passaram e eu, felizmente, mudei. Hoje em dia continuo querendo mudar de ares, mas gosto bastante daqui. E nos últimos tempos comecei a viver a vida com mais leveza, aproveitando mais o que me é disponibilizado. Esta fase começou mais ou menos com a faculdade. Percebi que, na realidade, o que eu mais criticava era o que eu mais passei a me identificar, que eram as coisas mais populares, tipo festas abafadas e lotadas, músicas populares e dançantes e por aí vai.

Também não gostava de praia, mas viajei pro Rio em 2011 e foi uma maravilha. Voltar a colocar o pé no mar na virada do ano e em janeiro, no litoral paulista, foi uma benção. O calor, uma coisa tão a cara do Brasil e principal alvo das minhas reclamações, continua sendo motivo de queixa. Mas, se a temperatura está nos 30 graus, de nada vai adiantar só reclamar, então tento aproveitar para passear, tomar sorvete ou mesmo só para usar óculos escuros, que sempre deixam todo mundo mais bonito.

E aí sobrou o Carnaval. A data já foi alvo de muitas críticas da minha parte, mas depois passei a simplesmente ignorá-lo. Agora em 2013 me convidaram para blocos de rua e, como ando aceitando sair toda hora, resolvi ir, ainda com aquela mentalidade de: "será que vou gostar?" "mas Carnaval? Em São Paulo? Será que é legal?".

Timidamente passei por um bloco na rua Augusta, numa noite de sexta-feira, após um fim de tarde que parecia o fim do mundo, de tanto que choveu. No dia seguinte, Vila Madalena. E pra lá fui durante três dias consecutivos. Muita folia, dança no bloco e fora dele, risadas, boas companhias, adereços carnavalescos, algumas pancadas de chuva na cabeça, histórias para levar para a vida. Ontem de novo mais um bloco, pra encerrar de vez o Carnaval. O saldo, além de tudo isso acima, foi também bolha nos dedões do pé, bastante dor nas pernas, muito cansaço, mas a sensação que tudo valeu a pena. E legal foi constatar que São Paulo não é túmulo do samba coisa nenhuma. Os blocos estão voltando com força, a população está descobrindo o Carnaval paulistano e a prefeitura, pelo que li, está prometendo mais apoio nos próximos anos.

E este post é pra dizer que estou com saudade desde já. Ainda mais neste dia que dá a sensação de que o ano vai começar pra valer, em um domingo em que o querido horário de verão se encerrou e a noite já chegou pouco depois das 19h em São Paulo, um domingo que põe ponto final às férias da faculdade e ao Carnaval. Mas ano que vem tem mais :)

6 de jan. de 2013

Aos 22

22 ou, como dizem os mais velhos, "dois patinhos na lagoa". Péssima, eu sei.


O tempo passa rápido. Vamos arrancando loucamente as folhinhas do calendário sem nos dar conta e de repente é janeiro e meu aniversário. Bom, pra ser sincero eu nunca liguei muito pra data. Quem faz aniversário perto das festas de fim de ano sabe que, desde criança, é um inferno pra fazer uma festa, organizar evento social. Todo mundo viajando ou sem grana pós gastança de fim de ano. E depois dos 18 a data começou a me incomodar, porque começa a ficar chato ir ficando velho, né. Dá aquela sensação de que a vida está passando rápido demais.

Mas o fato de completar anos nesta época perto da virada faz com que eu pare pra refletir um pouco. E vejo que eu mudei muito ao longo destes 22 anos de existência. Especialmente nos últimos cinco, seis anos. Porque a idade traz fios brancos, mas felizmente também faz a gente evoluir. Cada dia que passa, somos nós mesmo, tanto exteriormente quanto interiormente.

Dou um exemplo: o visual. Quase todo mundo tem vergonha alheia de si mesmo quando olha fotos de antigamente e tenta escondê-las. Nos últimos anos mudei de cabelo várias vezes (ok, tá sempre ruim, é uma luta eterna, mas uma hora me acerto), fui evoluindo nos modelos de óculos até abandoná-los. As roupas também foram mudando e espero um dia ter dinheiro suficiente para me vestir do jeito que quero. Ainda também vou ter o peso que eu quero, nem que seja no verão 2113.

Ao longo dos 22 anos eu mudei muito meu jeito de pensar. Mudei conceitos, sonhos, ideais. Deixei de ser muito conservador para uma série de coisas pra ver a vida muito mais tranquilamente e de mente aberta. Aprendi a me entender melhor, talvez a entender melhor os outros também. Aos 22 a gente é muito mais a gente, não liga tanto para que os outros pensam ou deixam de pensar.  Nosso autoconhecimento e até nossa autoestima são maiores e nossa insegurança ainda é presente, mas não chega aos pés do que já foi, porque confiamos mais na gente. Chego aos 22 tendo orgulho do que conquistei até agora, de quem eu sou. Cada dia que passa sou mais Fábio.

E o caminho já percorrido da estrada da vida vai ficando maior. Nesta idade a gente já viu muita coisa da vida (ainda que pouco em relação ao que reste), adquiriu muita experiência. Posso dizer que, aos 22 anos, graças a Deus eu nunca passei por grandes dificuldades, mas as pequenas pauladas e os novos desafios da vida me fizeram crescer. Também ajudaram a ter jogo de cintura, uma característica que acredito que seja essencial. Fazer malabarismo para manter todas as áreas da vida em ordem, ter jogo de cintura pra se livrar de situação chata, pra seguir em frente. Ficamos mais malandros, no sentido de saber analisar melhor o que é o ideal pra gente. Somos menos enganados que quando mais novos, temos intuição mais aguçada, sabemos nos fingir de bobos quando necessário, temos mais responsabilidade, etc., etc., etc. Enfim, sabemos jogar melhor esse tal jogo da vida.

Aos 22 anos estamos constantemente diante de escolhas, pequenas e grandes e que, diferentemente da infância, são tomadas por nós. Deixamos de viver algumas coisas para viver outras, e jamais vamos ter certeza absoluta que fizemos as escolhas certas. Fechamos ciclos e, infelizmente, também deixamos muita gente especial para trás. Mas a vida é dinâmica e entra gente nova, também especial, gente que muda sua vida pra melhor, fazemos novos amigos nos novos ambientes e isso inclui a internet, que nos permite ter amigos até de outros países (RAFA, eso es para vos jajajaja). Por falar em novos ambientes, quantas mudanças. Colégio, cursinho, faculdade, um emprego, outro emprego, cursos, viagens, etc.

Prestes aos 22 anos digo que estou em constante evolução. Sou uma metamorfose, ao mesmo tempo que sou firme ao que penso e tenho muito bem definido o que quero para a minha vida, porque nessa idade já aprendemos a ser mais decididos. E agora preciso de um gás nesta evolução, porque a vida me impõe esta necessidade. Que eu tenha capacidade para seguir em frente :)

16 de dez. de 2012

Obrigado, 2012

Ilustrei esse post assim porque vai que traz dinheiro pra mim e pra vocês, né?
Não custa nada tentar!

Mais um ano que passa e mais um ano que faço um textinho sobre o que passei no ano. Sei lá, é pessoal, pode não interessar, mas gosto de publicar no blog. Antes eu fazia e apagava, mas agora fica aqui, para que eu possa ler no final do ano e ver se as expectativas foram concretizadas ou não.

E no final de 2011 eu fiz este post aqui rasgando elogios ao ano passado e um pouco sem expectativas para 2012, embora otimista. Como escrevi, estava mais interessado em 2014, esperando que 2012 (e 2013 também) fosse mais do mesmo. Não esperava novidades, ia empurrar o ano com a barriga, e talvez por isso 2012 tenha sido um dos anos mais surpreendentes da minha vida. Continuo, felizmente, vivendo uma sequência de anos excelentes.

Vamos começar pelo que foi ruim, porque foi curto e escrevo em um parágrafo: minha saúde anda capenga. Nada grave, mas tive e continuo tendo pequenos problemas desde o começo do ano, tipo perder 4 kg em um mês por virose (quilos estes que me fazem falta e não consegui recuperar todos), ter tido várias gripes fortes, ataques de rinite frequentes, dores de estômago, duas estafas, umas enxaquecas terríveis, febres estranhas, conjuntivite nos dois olhos, o cristalino do olho riscado, umas crises de ansiedade, etc. Enfim, esta situação toda continua acontecendo e acho bom parar, caso contrário já já vou conseguir a prefeitura dos hospitais da região no Foursquare. Também passei pela perda de uma cadelinha que se foi com 2 anos e meio de vida, poucas horas antes de eu viver um dos melhores momentos do ano.

Em 2012 não fiz grandes mudanças na minha vida. Continuei trabalhando no mesmo lugar, no mesmo esquema home office, fiz mais um ano da faculdade. E o ano ia de fato seguindo a linha "mais do mesmo" até abril.

Eis que que descobri que, apesar de ser capricorniano e gostar de rotina e estabilidade, precisava de algumas coisas diferentes de vez em quando. Foi quando vida deu um empurrãozinho e no meio do ano estava lá eu pela terceira vez indo para Buenos Aires, tendo aquela sensação maravilhosa de chegar a Ezeiza e sentir que estava chegando em casa. Desta vez foi mais especial, porque, como relatei neste post de julho, foi para fazer um curso. Así que foi tudo pago por mim, o que significava que eu decidia se pulava refeições para economizar dinheiro ou se me daria um jantar de R$ 50 sem reclamar, que eu estava sozinho, o que me permitia viver a cidade como morador/trabalhador de lá, que eu podia ir pra onde eu quisesse a hora que eu quisesse. Tudo isso na cidade que quero que seja o cenário da minha vida. Sem falar que estava o maior frio, tipo 0 grau de manhã e 7 de tarde em alguns dias, o que é um alívio para quem gosta de frio, mas mora no clima tropical.

Depois voltei muito triste, não nego, mas a vida me reservou mais surpresas. Participei de um projeto muito interessante que pode me render ainda mais novas experiências no futuro. E, quem diria, até as coisas mais empacadas da minha vida pessoal deram certo. E ainda teve boatos que eu estava na pior, hein?

Isso significa que, embora eu tenha curtido menos balada em 2012, eu aprendi, neste ano, a viver mais intensamente o presente. A cabeça permanece no futuro boa parte do tempo, mas todas as chances do presente estão sendo aproveitadas. Aprendi a não desperdiçar um minuto que pode ser bom. Vi, por exemplo, que deitar por três horas nas esteiras do Centro Cultural, olhando para uma árvore, ouvindo música e sem pensar em nada pode ser uma excelente forma de aproveitar a vida. Aprendi a aproveitar mais as companhias, os bons momentos, a reparar nos detalhes, nos sorrisos. A ver mais cor no presente. Também estou aprendendo, lentamente e pela saúde, a viver de um jeito menos preocupado e menos corrido.

2012 foi milagroso, trouxe coisas inesperadas e me ensinou que, VÉI, a gente precisa ser sempre otimista, acreditar que a gente pode e confiar mais em nós mesmo. As coisas se ajeitam como têm que ser e na hora que têm que ser. Clichê, mas verdade. E 2012 não acabou. Tem 15 dias pela frente, e serão certamente 15 dias surpreendentes. Ou de repente são só 5 dias, né, Maias? O bom é que, se o mundo realmente acabasse, eu iria embora feliz, feliz  :)

Deixando o momento autoajuda Zíbia Gasparetto de lado (nada contra, acho ótimo, como diria Leila Lopes), aí vem 2013. E será que estou preparado? 2013 tem último ano de faculdade, tem TCC. Tem planejamento da vida pós-faculdade. Tem a duríssima decisão de ver o que fica, o que vai. Tenho que me tornar independente, maduro, adulto, ser mais equilibrado. E tudo isso rapidamente, apenas ao longo do ano que em pouco mais de duas semanas. Mas são desafios bons e a vida precisa deles, senão caio numa angústia de marasmo, que espero nunca cair na minha vida. 2013 tem tudo para ser um ano excelente. E vai ser :D

Que venha 2013. E que seja um ano maravilhoso para todos nós, com muita saúde, paz e o máximo de sucesso e realizações. Feliz Ano Novo :D

22 de jul. de 2012

Fora da internet

Itapevi e zona leste em Buenos Aires

O blog está abandonado, eu sei. Às vezes o motivo é falta de tempo para escrever. Às vezes escrevo, não tenho tempo de terminar, o post perde a validade e tenho que excluir. Tem hora que tenho tempo, mas quero descansar a cabeça longe do monitor e do teclado e não fazer nada. Também tem o fato de agora eu ficar mais em casa, o que me faz ter menos ideias.

E nestes seis meses sem escrever, quase tudo continua igual. Continuo trabalhando no mesmo lugar, fazendo faculdade, reclamando de cansaço e tudo mais. Desta vez tive um semestre acompanhado por duas gripes, duas viroses, dores de estômago, enxaquecas, problemas de rinite e estafas. Mas, dramas à parte, também tenho aproveitado a vida, com uma balada aqui, um barzinho ali, um outro evento social acolá e... uma viagem!

No meio deste ano recebi um e-mail que me trazia a oportunidade de visitar Buenos Aires pela terceira vez, para fazer uma espécie de curso. Foi uma oportunidade que veio do nada e numa hora que eu tinha dinheiro para aproveitar (raro quando as coisas se encaixam direito, né?). Em meio à correria de época de provas consegui folga no serviço, corri atrás das coisas da viagem e embarquei.

Bom, sobre a viagem eu postarei no Celeste e Branco, um blog que eu criei para relatar a viagem do ano passado, que acabou ficando meio de lado também, mas que pretendo retomar. Mas resumindo: o curso propunha que tivéssemos a rotina de um correspondente internacional. Então foram oito dias indo a palestras, conhecendo muitos lugares, visitando jornais, falando com jornalistas, tendo encontros com correspondentes e tudo mais. Como tínhamos que produzir uma matéria, tive que me virar na cidade, andei sozinho de ônibus, metrô, pelas ruas, conversei com as pessoas e fiz várias entrevistas em espanhol. Optei por fazer sobre locais peronistas de Buenos Aires e o resultado está aqui. (obs: tem umas coisinhas pra arrumar. Relevem, o texto foi terminado às 5h da madrugada)

Mas no intervalo entre palestras, entrevistas e compromissos, também nos divertimos bastante. Saímos, fomos pra balada, tivemos histórias engraçadas e tudo mais. Também fiz amizades e encontrei gente bacana.  Um destes encontros foi com a Ana Manfrinatto, que tem o blog Nos Ares. Eu sempre comento lá e tal, afinal é um blog sobre Buenos Aires [ironia mode on] e eu quase não tenho interesse em saber sobre a cidade, né? [ironia off].

E aí que eu estava na Argentina, eu e ela começamos a conversar no Twitter e ela propôs de nos encontrarmos. Eu achei a ideia super legal! Acho interessante esse negócio de encontrar gente que eu conheci na internet, sabe? Sei lá, isso torna as pessoas mais... humanas. O maior exemplo que eu dou disso é meu amigo Breno, do Rio. Conversamos desde 2005 pelo MSN após nos conhecermos em um fórum de meteorologia, um dos meus passatempos (OBRIGADO BRENO - piada interna). E em novembro de 2011, quando estive no Rio, pude enfim conhecê-lo e ver que ele existe em carne e osso, que não é um robô respondendo minhas mensagens no computador. A gente sempre foi muito amigo, mas a internet sempre causa estes distanciamentos estranhos, né? E o encontro saiu como o esperado: foi fantástico!

Mas, voltando à Ana, marcamos de nos ver um dia em San Telmo. O encontro rolou, rendeu um post no blog dela e por isso resolvi fazer este post, contando as minhas impressões sobre aquela noite. Vamos lá:

Estávamos combinando dias e horários, até que marcamos para um fim da tarde. Quando vi a mensagem dela, faltava uma hora pro encontro. Voei para o hotel, praticamente me teletransportei pro ponto de ônibus e peguei o colectivo 152, que me levava pra tudo quanto é lado naquela cidade. Só pra não perder o costume, passei nervoso em relação ao tempo, mas esqueci que Buenos Aires não é caótica como São Paulo e te permite planejar horário de chegada nos lugares com certa precisão, a não ser que haja protestos. Por sorte não havia nenhum no caminho naquele dia.

Desci num ponto com um colega de curso, que foi para um lado. Fui para o outro, sozinho, com a deliciosa sensação de me sentir um morador da cidade. Cheguei ao local, entrei discretamente. Olhava a decoração enquanto rapidamente decidia como agir, onde sentar e tal, já que eu detesto parecer estrangeiro em Buenos Aires. Por sorte, imediatamente depois chegou a Ana. Estávamos super exaustos, mas ainda assim deu pra perceber o quanto ela é gente fina :) Essa impressão a gente já tem ao ler o blog dela, mas tive o prazer de confirmar pessoalmente.

E aí conversamos sobre diversos assuntos. Disparei a falar, contando o que eu estava fazendo lá, meus planos para o futuro em relação à Argentina, esclareci dúvidas, perguntei da cidade, do governo, etc. E ela foi super simpática e atenciosa, me contou como foi parar lá, conversamos sobre jornalismo e tudo mais. Fiquei super contente em ouvir o que ela falava. Motiva a seguir com os sonhos e acalma porque mostra que tudo tem o seu tempo. É uma lição pra mim, que tenho mania de querer tudo para ontem e de querer me enfiar na tal máquina do tempo para tentar viajar pra um tempo que considero melhor, embora eu não deixe de viver o hoje.

Ela me deixou sem graça porque pagou o nosso encontro (o de São Paulo eu banco e tenho dito), que teve bebidas e pipoca, mas me deixou ainda mais feliz porque me apresentou o fernet com Coca. É uma bebida típica da Argentina que eu gostei muito, que me fez perder investir adequadamente vários pesos no drink nos dias que se sucederam, que apresentei pros colegas de curso e fiz propaganda pro pessoal do Brasil. No fim ainda ganhei um vale-bebida do local onde estávamos,. Acabei não usando, mas ele foi pra minha "gaveta das boas lembranças", onde guardo lembranças materiais de viagens especiais. Tiramos a foto que ilustra este post e nos despedimos. Suerte foi a última palavra que dissemos naquela fria noite, antes de ela ir pra casa e eu ir fazer reportagem, jantar, pegar ônibus e ficar zanzando por aquela cidade tão querida sozinho, eu e meus fones de ouvido tocando Tan Biónica, uma banda local.

Bom, falei de mil coisas, mas o post foi para contar minhas impressões sobre o encontro, para agradecer a Ana pelo tempo precioso destinado para conversar comigo num dia tão cansativo e para agradecer a internet por ter encurtado distâncias e ter me permitido conhecer tanta gente bacana :)

25 de jan. de 2012

São Paulo, 458 anos



PARABÉNS, SÃO PAULO!!!

Hoje é um dia muito especial aqui em São Paulo. É feriado pelo aniversário da cidade, de 458 anos. E embora eu tenha passado o dia de cama, não poderia deixar de dar meus parabéns à cidade publicamente. Então, PARABÉNS, SÃO PAULO! Tenho o maior orgulho de viver no centro econômico de um país que surpreende o mundo, que vai vencendo a crise. Orgulho de viver nesta cidade que dá a milhões de pessoas a oportunidade de crescer, de prosperar. Muito sucesso, São Paulo!

Aproveitando que este ano é ano eleitoral, desejo para a capital paulista que o próximo prefeito tenha um carinho especial pela cidade, não aumente a tarifa do ônibus em R$ 0,70 em apenas dois anos, saiba resolver inteligentemente a questão da Cracolândia e tenha a humildade de se dar nota menor que 10 quando a administração não vai bem. Afinal, governo nota 10 não existe, e, se existisse, não levaria ovada ;)

E vou terminar da forma mais clichê possível: com duas músicas que me vêm à mente quando penso na capital paulista. A primeira é "Trem das Onze", do Adoniran Barbosa e a segunda é "Sampa", do Caetano Veloso. Aliás, o segundo vídeo alterna imagens de várias partes da cidade. Lindo!




26 de dez. de 2011

FELIZ 2012!!!


Não é a Av. Paulista, mas minha zona leste tem fogos no Réveillon também, tá?
Foto: Fábio De Nittis


Eis que dezembro chegou, eu continuei trabalhando, o tempo foi passando e de repente era ontem. Fim de tarde do dia 24, Natal e, como sempre, aquela sensação de que o ano voou. Ao mesmo tempo em que tenho a sensação de que o ano voou, também parece que vivi uns cinco anos em um, de tanta coisa que aconteceu, uma atrás da outra, sem dar tempo nem de respirar. Agora o meu 2011 “bipolar” está chegando ao fim. E quando digo ano “bipolar” não quero dizer que foi um ano de coisas muito boas e muito ruins. Felizmente, foi mais um ano excelente pra mim, como têm sido os últimos.
Mas foi um ano de coisas muito opostas acontecendo. Só para dar alguns exemplos, iniciei este ano trabalhando perto de casa, para depois trabalhar a 35km daqui e depois trabalhar a maior parte do tempo em esquema home office. 2011 foi o ano que tinha hora que eu queria que voasse, e que tinha hora que eu queria que passasse devagar, para ser aproveitado ainda mais, já que estava sendo um ano tão bom. Foi o ano que eu mais trabalhei e dediquei horas para os compromissos diários (e por isso às vezes passei semanas a fio sem postar aqui), mas foi o ano que mais tirei horas para me divertir. Em 2011 eu senti muito sono e preguiça, mas também foi o ano em que mais tive garra para lutar e seguir em frente. Neste ano eu passava boa parte do dia sozinho, mas estava sempre rodeado por muita gente. Fui muito mão de vaca, a ponto de escolher lanche mais barato por questão de centavos, mas também gastei dinheiro com coisas que me fazem feliz e até dei presente no aniversário do meu irmão.
Neste ano, pude viajar e matar a saudade de Buenos Aires e, quando eu achava que o ano não podia surpreender mais, fiz minha primeira viagem totalmente paga por mim, para o Rio de Janeiro. Tive oportunidade de fazer umas mudanças que eu queria e consegui. Também tive oportunidade de aproveitar coisas que sempre quis, mas, de última hora, joguei tudo para o alto e não me arrependi. Consegui, a duras penas, chegar à metade da faculdade. Terminei também meu curso de espanhol.
Em 2011 vivi experiências bacanas, diferentes, conheci bastante gente, me diverti com estrangeiros, ri bastante, dancei várias noites até depois do amanhecer. Tantos acontecimentos que eu nem imaginei que caberiam em 365 dias e que também não cabem nas linhas deste post desorganizado. Mas o que importa é que compri a missão do ano, que é a mesma sempre: fui feliz!
Agora vem chegando 2012. Vou confessar que não estou com a mesma empolgação que nos últimos anos, porque gostaria que os fogos da próxima noite de sábado estivessem anunciando a chegada de 2014. De qualquer forma, ainda estou muito otimista e se 2012 for como os últimos anos (como parece que será), vai ser ótimo novamente.
Então, gostaria de aproveitar o post para desejar a todos um ótimo 2012. O mundo não vai acabar, não, então espero que todos tenham muita paz, saúde, união, felicidade, sucesso, realizações de sonhos - e é preciso acreditar neles, são eles que nos movem! - e força, sempre.
Ah! E otimismo! Afinal, (vou até destacar agora) um ano que começa na virada de sábado para domingo só pode trazer coisas boas, né? ;) Obrigado pelas visitas e comentários ao longo de 2011 e FELIZ 2012!!!